13. Poemas Vicentinos
POEMAS VICENTINOS
Walter Peres Chimello
OZANAM: A TERNURA DE DEUS
Juventude santa de saber impregnada,
iluminado agente da mensagem cristã.
Época do ter na alma enraizada,
eis que surge esta voz de ternura louçã.
Voz que então inunda os ares da Sorbone,
entre figuras eminentemente nobres,
seguem seus passos jovens de fibra, sem nome,
pelos caminhos do bem e do amor aos pobres.
Em tempo incrédulo essa alma pura
ecoando com força, coragem e candura,
proclama a todos os jovens a não viverem qual Saulo.
Depois, sacode Paris com gestos de amor,
em cada canto do mundo nasce uma flor:
a Sociedade de São Vicente de Paulo.
MEU CANTO DE LAMENTO
Eu canto
Bem alto,
Com voz de tenor.
Quero ser ouvido
Por todos os cantos.
Minha alma canta
E o sentimento espanta
Essa agonia imensa.
Dor que dói tanto
De ver gente chorando,
De ver gente morrendo
Com fome pelos cantos,
Com sede no olhar
E que tão cedo
Os olhos se fecham.
Terra manchada de sangue,
Nas cidades,
Nos campos de batalha
E nem sabe o porquê.
Eu canto,
Meu canto é triste
Mas eu canto,
Sonhando que amanhã
A aurora virá
E não haverá
Essa guerra que tanto reluz,
Porque o povo ouvira
As palavras do Senhor Jesus.
NOSSA SENHORA DOS VICENTINOS
Maria,
Mãe de Jesus,
Maria,
Mãe de meu Deus,
Maria que conduz
Os filhos seus.
Maria,
Minha Mãe,
Mãe da minha Igreja,
Mãe da minha Igreja,
Interceda pelos pobres, Maria,
E seu caminho proteja.
Bendita entre as mulheres
Rainha de sol revestida,
Mãe de todos, idosos e meninos,
Não se esqueça, Mãe querida,
De seus filhos, vicentinos.
FELICIDADE
A velha passa na calçada,
devagar,
com a sacola na mão.
Vai andando,
batendo nas portas,
pedindo uma ajuda.
No final do dia, cansada,
capengando chega em casa.
Um barraco,
Um cantinho seu
em bairro afastado.
Senta num banquinho,
toma um café,
ascende um cachimbo,
dá uma baforada,
e um sorriso de felicidade.
CANÇÃO VICENTINA
Neste encontro, nesta assembleia,
Que alegria vê-lo novamente,
Quero abraçar você, meu irmão,
E ouvir coisas de São Vicente.
Todo encontro é uma benção,
Meu irmão, minha irmã,
Meu coração enche de paz
Ouvindo coisas de Ozanam.
Pobres, irmãos, somos todos nós,
Quando não vemos a brilhante luz,
Que ilumina nossos caminhos
Para enxergarmos mensagem de Jesus.
Vicentino é todo aquele irmão
Que vive e pratica tudo isso,
Que ama o próximo com ternura
Enxergando o Cristo em volta disso.
MISSÃO DO VICENTINO
(co-autoria com o Cfd. Mauro M. Souza)
Quando entrei na casa adentro
Em visita ao pobre irmão,
Meu Deus do céu, quanta pobreza
Partiu ao meio meu coração.
Logo fui puxando assunto
Pois orgulho não entra não.
Fui notando que tal miséria
Era por falta de orientação.
A pobreza não era tanta
Assim fiquei surpreso então
Ao sentir que aquele pobre
Era bem rico de coração.
Assistir a quem precisa
É dever do bom cristão.
E os irmãos vicentinos
Fazem disso – sua missão.
NEGRA MÃE APARECIDA
Mãe de pobres e ricos,
Mãe de todos: brancos,
Negros, amarelos, vermelhos.
Mãe de todas as cores,
De todas as raças,
De crentes e descrentes,
De felizes e infelizes.
Mãe que nasceu das águas
E na terra um sonho plantou.
E germinou em volta de seu manto
A procissão do amor.
Mãe das dores, dos aflitos,
Mãe da glória, das graças!
Olhe pelas dores do corpo
E cure as dores da alma.
Como nas bodas de Caná,
Onde pediu e seu Filho atendeu,
Continue pedindo, ó Mãe do amor,
Para a paz aos homens
E ao coração do poeta.
(Esse poema é dedicado aos vicentinos devotos de Nossa Senhora).
O autor, Walter Peres Chimello, é vicentino em Franca, SP. Advogado, Escritor e Poeta,
membro da Academia Francana de Letras.
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