8. AGNOSTICISMO



            AGNOSTICISMO




AGNOSTICISMO - A biografia de Frederico Ozanam diz-nos que seu pai, Antônio Ozanam, ex-combatente napoleônico, comerciante e médico (Lyon, França e Milão, Itália), foi casado com Maria Nantas, mãe do biografado. Há um pormenor assim descrito: "foram os pais que venceram o agnosticismo, a crise agnóstica que começara na alma e no ânimo do filho".  

“O termo técnico-filosófico - agnosticismo – foi usado pela primeira vez por Thomas Huxley em 1869. Contudo constituíra antes uma tese bastante abordada nos meios filosóficos, também, igualmente no período que vai de 1831 a 1848, na França”.

Essa tese defende a incognoscibilidade (algo que não pode ser conhecido) do suprassensível negando a metafísica como ciência (isto é, sobrenatural), especialmente no que se refere ao conhecimento de Deus. Não impugna a possibilidade nem, também, a cogitabilidade do ser para além da área da experiência possível, porém, denega a razão humana, a capacidade de conhecer a existência, e com dobrada razão, a essência do transcendente, do absoluto de Deus.

E' por isso que esses filósofos modernos consideram conhecimento apenas aquilo de que está circunscrito ao intra mundano, ao imanente, ao compreensível, mediante conceitos próprios e inequívocos, pois ao contrário o transcendente ou transcendência dada a ignorância da possibilidade do conhecimento analógico permanece, na melhor das hipóteses, isto e, segundo eles pensam, a mercê dum pressentimento meramente intuitivo, emocional, sentimento de fé irracional. 

O agnosticismo caracteriza-se com a "Crítica da Razão Pura" de Emanoel Kant e tornou-se essencial a toda filosofia positivista: Augusto Conte, 1830/1854; Kant, 1724/1804; Thomas Huxley, no período de 1863 a 1869 assinalou a independência do conhecimento científico em relação a qualquer hipótese metafísica. Ele foi avô de Julian e Aldous Huxley, críticos contemporâneos, experimentadores de mescalina, falecidos há alguns anos na Inglaterra. Para se entender profundamente, seria necessário se fazer sucinto comentário. Mas, tal agnosticismo teria que fatalmente conduzir filósofos a irreligiosidade extremista, isto é, ao ateísmo que, especialmente e quando Nietzsche afirmou: "Deus está morto" (1855).

Há várias espécies de ateísmo, sendo que o “ante teísmo” é hoje representado pelos marxistas-comunistas. A visão moderada, ao invés de teocêntrica e cosmopolita (antigo helenismo) é hoje acentuadamente antropológica e dinâmica (em movimento), em transformação incessante e permanente pela qual as coisas se constroem e dissolvem noutras coisas. Recai num extremismo: é prometeica e fantástica (segundo Osvald Spendls) a ideia de que Deus impede, para eles, que o homem se torne senhor de si mesmo, e de seus destinos.

Porém, o homem de hoje, dispõe da técnica que é apenas instrumento, e das experiências do passado. Em si, o homem moderno, cientificamente, bem entendido, ainda incompleto, (vide a parapsicologia), as deficiências, as moléstias incuráveis, etc. Tem muito que caminhar e aprender!

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