O ESPÍRITO DA REGRA VICENTINA - VÍDEO AULA 11






CURSO BÁSICO DE FORMAÇÃO VICENTINA


VÍDEO AULA Nº 11

O ESPÍRITO DA REGRA VICENTINA


Apresentação



                            “Só uma coisa poderá nos deter:
                                    o nosso afastamento do espírito                primitivo”   
                                                                                                               Frederico Ozanam
          
                                                           
                                              
                             “Se você vive julgando as pessoas,
                              não tem tempo para amá-las”
                                 
                                                                                                             Madre Teresa de Calcutá



  Reformar, Renovar, Conservar



   Coube a Emmanuel Bailly a iniciativa de dotar a Sociedade de caridade de um regulamento em fins de 1835. Contava a Sociedade 250 confrades e a Lallier foi atribuída a incumbência da primeira redação. Surgiu assim o primeiro Regulamento da Sociedade. Para consegui-lo firmaram-se os confrades no princípio «de aprenderem a se conhecer e a se amar» e também num outro tão importante quanto esse: «aprender a conhecer, a amar e a servir os pobres de Jesus Cristo».

   Foi compenetrado desses dois salutares princípios que os primeiros confrades elaboraram a primeira Regra. Duas vezes foi ela ligeiramente alterada, e agora se prenuncia nova modificação, para promover a adaptação da Sociedade ao mundo moderno.

   Não foram isentos de preocupações, temores, dúvidas, os primórdios da Sociedade. Havia várias discussões e nem sempre as opiniões eram convergentes. Mas todos, sem exceção, desejavam «aprender a se conhecer melhor e a se amarem como irmãos, e para atingir essa meta, procurar conhecer, amar e a servir em conjunto os pobres de Jesus Cristo».

   Agora, depois de 138 anos de existência, acha-se a Sociedade na perspectiva de modificar sua Regra para melhor servir aos seus fins.

   As perspectivas não são fagueiras. Há incertezas. Não sabemos que futuro aguarda a Sociedade. Principalmente nos tempos atuais em que a confusão alcançou também a unidade católica! Entre os próprios católicos e mesmo entre os sacerdotes os desentendimentos são, infelizmente, muito frequentes.

   Mas a nós confrades restarão sempre aqueles dois princípios, acima mencionados. Se em nossas discussões sobre os artigos, os parágrafos, os comentários da novíssima Regra que se pretende dar à nossa querida Sociedade de São Vicente de Paulo, não obedecerem integralmente àqueles dois princípios, talvez contribuiremos para abalar os fundamentos de nossa Sociedade.

   A tônica dominante em todos os confrades vem a ser a de atrair os jovens para a Sociedade. Mas para isso não será necessário modificar o título de Sociedade de São Vicente de Paulo para Sociedade Frederico Ozanam como foi proposto por alguns confrades. Se é o nome do «santo» que está atrapalhando nada adiantará suprimi-lo, pois o jovem que não entrar para a Sociedade só porque ela tem o nome de um santo (e que Santo!) será melhor que recuse o convite. E se tentar participar de nossos trabalhos será um corpo estranho, senão um germe de desagregação entre os confrades.

   A conquista dos jovens não se fará com guitarras, violões, música profana «pra-frente», mas dar-se-á na medida em que nós confrades vicentinos estivermos dispostos a apresentar-lhes o nosso exemplo de católicos que querem «aprender a amar os pobres de Jesus Cristo». Os pobres de Jesus Cristo são os nossos confrades, os necessitados que socorremos,  os jovens  que desejamos  atrair  para  a nossa Sociedade.
Mas é necessário também que a Sociedade não seja um círculo fechado. Ao contrário, deve ser como Ozanam propôs que fosse, aberta, receptiva, disposta a conquistar os jovens e os não jovens, todos para Deus Nosso Senhor. Todo os meios de que dispuser que conduzam à prática e à vivência dos dois princípios citados, serão empregados.


   Desde o início a Sociedade foi jovem e viveu com os jovens e para os jovens; a rotina, o anacronismo, a vaidade, é que deturpam seu verdadeiro e primitivo caráter. Basta voltarmos às origens, para estarmos dispostos a «aprender a amar uns aos outros» e a «amar os pobres de Jesus Cristo», como fizeram Antônio Frederico Ozanam, Emmanuel Joseph Bailly, Paul Lamache, Félix Clavé, Auguste Le Taillandier, Jules Devaux, François Lallier. Não serão necessários muitos artigos, muitos parágrafos, muitos dispositivos para a sobrevivência de nossa sempre querida Sociedade de São Vicente de Paulo! Bastará sermos realmente cristãos autênticos!

(Artigo do Cfd. Paulo Sawaya, por ocasião do anúncio da edição de uma nova Regra para a SSVP. Artigo publicado na Voz de Ozanam de jan.fev./1972).

******

A REGRA DA SSVP NO BRASIL 

    Mas afinal, por quê conhecer a Regra da SSVP

  •  para saber procedimentos burocráticos?
  •  para aumentar a nossa cultura?
    O importante é conhecer o espírito da Regra da SSVP, pois é ele que nos mantém unidos na mesma vocação, onde quer que estejamos no Brasil. Afinal, somos mais de 250 mil vicentinos espalhados por esse imenso país.

Mas uma coisa é certa e não podemos deixar de ter em mente:

"O ESPÍRITO  É MAIOR DO QUE A LETRA"


  
O ESPÍRITO DA REGRA VICENTINA



“...os vicentinos procuram ajudar os mais desfavorecidos, precisamente no local em que eles se sintam mais seguros, mesmo psicologicamente. A Sociedade de São Vicente de Paulo tanto procurou esse contato, lá onde os pobres se encontram, que o conceito da visita como expressão do que é mais íntimo na nossa entrega, tornou-se um clássico entre nós: a visita ao domicílio do pobre, a visita como expressão de um encontro sempre pessoal e íntimo entre os membros da Sociedade e aqueles a quem querem servir.”  (José Ramon Diaz-Torremocha – 14º Presidente Geral internacional).

Boa aula!




VÍDEO AULA Nº 11

O ESPÍRITO DA REGRA VICENTINA



































































Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

2. TRÍDUO DE LOUVOR A SÃO VICENTE DE PAULO

MEMBROS DA SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO - AULA 16

4. EUCARISTIA - UM SINAL DE ESPERANÇA E UM SINAL DE AMOR