2, NÃO À MURMURAÇÃO, AO CIÚMES E À INVEJA








Papa Francisco



                         Não à murmuração, ao ciúmes e à inveja  


Na catequese que antecede  o Reginae Coeli,  em maio de 2014 o papa Francisco apresentou uma breve reflexão sobre o trecho do  Atos dos Apóstolos, em que conclui que os problemas da Igreja não  são reso-vidos com"falatórios" e "lamentações", mas sim,com diálogo e oração
                 
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      A leitura dos Atos do Apóstolos da liturgia de hoje nos mostra que já na Igreja primitiva aparecem as primeiras tensões e os primeiros desacordos. Na vida, os conflitos existem, a questão é como são enfrentados. Até aquele momento, a unidade da comunidade cristã tinha sido favorecida pela pertença a uma única etnia e a uma única cultura, a judaica. Mas quando o Cristianismo, que por vontade de Jesus foi destinado a todos povos, se abre ao âmbito cultural grego, passa a faltar essa homogeneidade e surgem as primeiras dificuldades. Neste momento, sopram os ventos do descontentamento, há lamentações, correm vozes de favoritismo e diferença de tratamento. Isso acontece também em nossas paróquias! A ajuda da comunidade às pessoas desfavorecidas - viúvas, órfãos e pobres em geral -, parece privilegiar os cristãos de origem hebraica em prejuízo de outros. 

      Então, diante desse conflito, os apóstolos tomam nas mãos a situação: convocam uma reunião com a participação estendida também aos discípulos, discutem juntos a questão. Todos. De fato, não se resolvem problemas fingindo que não existem! E é belo ver esse confronto implantado entre os pastores e os fiéis. Se chega, por fim, a uma distribuição das tarefas. Os Apóstolos fazem uma proposta que é aceita por todos: eles se dedicaram à oração e ao ministério da Palavra, enquanto sete homens, os diáconos, se dedicarão ao serviço de assistência aos pobres. Os sete diáconos não foram escolhidos porque são especialistas nos negócios, mas enquanto homens honestos e de boa reputação, plenos do Espirito Santo e de sabedoria; e são constituídos em seu serviço mediante a imposição das mãos. E assim, daquele descontentamento, daquelas lamentações, daqueles boatos de favoritismo e diferença de tratamento, se chega a uma solução. Confrontando-se, discutindo e rezando. A sim se resolvem os problemas da Igreja. Confrontando-se, discutindo e rezando. Com a certeza que com os falatórios, as invejas, os ciúmes não poderão jamais nos conduzir à concórdia, harmonia ou à paz. 
  
      Também ali foi o Espírito Santo a coroar essa espera e isso nos faz entender que quando deixamos ao Espírito Santo a liderança, ele nos conduz à harmonia, à unidade e ao respeito dos diversos dons e talentos. Entenderam bem? Nada de falatório, nada de invejas, nada de ciúmes! Entenderam? A Virgem Maria nos ajude a ser dóceis ao Espírito Santo, para que saibamos nos querer mutuamente e convergir, sempre mais profundamente, na fé e na caridade, tendo o coração aberto às necessidades dos irmãos. 

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