4. QUEM MORRE?





QUEM MORRE?



Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não
 ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, 
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não 
muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou 
não conversa com quem não conhece.


Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.


Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o "preto no 
branco" e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho 
de emoções justamente os que resgatam os brilhos dos olhos, 
sorrisos dos bocejos, orações aos tropeços e sentimentos.


Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz 
com seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo  
incerto para ir atrás de um sonho, quem não se
 permite pelo menos uma vez na vida 
fugir dos conselhos sensatos.


Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua 
má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não
 pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde 
quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre 
que estar vivo exige um esforço muito maior que o 
simples fato de respirar.


Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio 
esplêndido de felicidade.


                                                                                                                         Pablo Neruda

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