2. INFELICIDADES DA VIDA NÃO É CASTIGO DIVINO





INFELICIDADES DA VIDA NÃO É CASTIGO DIVINO


Quando no início do ano parecia que tudo caminhava sem grandes novidades, eis que fomos agitados por alguns acontecimentos trágicos provocados por catástrofes naturais que nos deixaram perplexos diante da fúria da natureza: terremoto, furacão, tufão, tempestade, temporal, enchente, inundação, etc.

Tragédias como no Haiti, Chile, China, Rio de Janeiro e recentemente nas Filipinas causaram consternação e temor e muitos se perguntaram por que Deus permitiu estes acontecimentos.

Diante de tais fatos temos a impressão que Deus assiste passivamente ao sofrimento dos seres humanos. Seu silêncio, porém, não é de tolerância, mas de amor compadecido e solidário. Na verdade, nem o sofrimento, nem a angústia, nem o medo são desejados por Deus. E, se Deus não intervir  não nos é concedido saber o motivo.

Durante a oração do Ângelus no dia 7 de março de 2010 o Papa Bento XVI fez uma advertência contra a ideia de que tais infortúnios foram causados pela conduta dos que sofreram as calamidades. Disse SS. Papa Bento XVI.: 

"Deus se manifesta das mais diversas maneiras na vida de cada um de nós, mas para reconhecer sua presença, no entanto, é necessário que nos acheguemos a Ele conscientes de nossa miséria e com profundo respeito”.

Ainda, disse o Papa na sua alocução: 
“Em face do sofrimento e do luto, a verdadeira sabedoria está em reconhecer a precariedade da existência e ler a história humana com os olhos de Deus, o qual, desejando sempre o bem a seus filhos, por um desígnio inescrutável de seu amor, permite as vezes que estes sejam provados pela dor para que possam ser conduzidos a um bem maior”.

Também, recordemos a passagem do Evangelho de Lucas, que traz a narrativa de quando algumas pessoas informam Jesus sobre os galileus que Pilatos havia ordenado matar, enquanto ofereciam sacrifícios. Nessa oportunidade Jesus, também, faz referência de uma torre que caiu sobre transeuntes. Ao analisar esses fatos, poder-se-ia concluir que aí havia tido uma punição divina. Mas Jesus ensina que Deus por ser Bom, não pode desejar o mal, e adverte contra a idéia de que esses infortúnios se deviam a conduta pecaminosa dos que sofreram esses males, dizendo:

“Pensais que esses galileus era mais pecadores do qualquer outro galileu, por terem sofrido tal coisa. Digo-vos que não. Mas se vós não vos converterdes, perecereis todos do mesmo modo”. (Lc 13, 1-5).

A você que nos lê neste momento e em especial aos vicentinos, recordo que neste tempo em que celebramos a vitória de Jesus sobre a morte, e em todos os tempos, lembremos que Deus se revela pleno de misericórdia, convidando-nos para evitarmos o mal e crescer no seu amor com fé, coragem e determinação, ajudando concretamente os pobres, os sofredores, os mais necessitados, servindo-nos dos exemplos de Frederico Ozanam e São Vicente de Paulo. Em nossas reuniões invoquemos com muita confiança o Espírito do Senhor, para que nos indique o caminho, e luzes para enxergá-lo.... “Vinde Espírito Santo e enchei os corações de vossos fiéis...”.
                                                                               
                                                                                         MM




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